Mais um da série releases cujo título te atrai para a leitura e que valem o crédito, porque te abrem os olhos para cada coisa importante neste mundo, mundo, vasto mundo...
Queijinho petit suisse falha por açúcar em excesso e declarar conter mais minerais do que possui (Título muito bem construído! Hum... Não entendi...)
A PRO TESTE Associação Brasileira de Defesa do Consumidor testou oito queijos tipo petit suisse sabor morango e constatou que não se pode abusar no consumo, pois todos os produtos tinham açúcar demais. Nem sempre os produtos são ricos em minerais, ao contrário do que a embalagem às vezes indica. E todos ainda apresentavam corantes, o que a entidade considera totalmente dispensável. No final, apesar dos problemas encontrados, ainda houve resultados satisfatórios. Foram avaliados: Chambinho, Ninho Soleil, Danoninho, Vigorzinho, Paulista, Parmalatinho, Itambezinho e Batavinho. A avaliação completa está na revista PRO TESTE de agosto, distribuída exclusivamente aos cerca de 200 mil associados.
Na análise da quantidade de açúcares todos, sem exceção, apresentaram excesso. Só o Danoninho teve uma quantidade um pouco abaixo dos demais, mas mesmo assim alta. Os produtos apresentaram um teor médio de açúcar igual a 15,6g para cada 100g. O dado indica que, se uma criança consumir um potinho, estará ingerindo 27% (se tiver de 7 a 10 anos) ou até 32% (para quem tem entre 4 e 6 anos) do limite diário máximo de açúcar de absorção rápida. O valor é muito acima do ideal recomendado – no máximo, 10%.
Corantes fazem parte de todos
Também foi medida a presença de aditivos. Foi detectada a presença do ácido sórbico. Ele é utilizado para prevenir o crescimento de bolores e leveduras, mas algumas pessoas podem ser sensíveis ao ácido sórbico, apresentando reações alérgicas. Batavinho, Itambezinho e Parmalatinho foram penalizados por ter uma quantidade acima do que ideal, de acordo com os critérios da PRO TESTE.
Nos corantes, outro ponto da avaliação, a presença foi unânime. A única função deles é dar cor aos alimentos, tornando-os mais atraentes. Eles não têm qualquer característica que melhore a qualidade do alimento e, muitas vezes, podem causar alergias, principalmente às crianças, público-alvo do petit suisse. O Paulista (E) tinha um corante artificial.
Todos passaram na análise de higiene (UFA!!!!!!! Alívio geral da nação), o que é de suma importância, ainda mais para um produto destinado às crianças. O fato mostra que não há problemas nas práticas de higiene na fabricação.
Falta de dados foi freqüente Na análise dos rótulos constatou-se que nenhum indicou as condições corretas de armazenamento sob refrigeração. Como os petit suisse são vendidos em embalagens de oito unidades, data de fabricação, validade e lote devem estar gravados em cada uma. O Batavinho só apresentava data em um potinho, o que está longe de ser recomendável. O mesmo Batavinho, junto com Parmalatinho e Itambezinho, não possuía o número de lote na embalagem. Havendo problemas com o produto, isso dificultará o rastreamento e a possível retirada do mercado.
Foi verificada dificuldade na leitura dos rótulos ou possibilidade de alguns dados serem apagados com o tempo. Danoninho e Parmalatinho pecaram nesse ponto. O Itambezinho também foi penalizado por apresentar a data de fabricação carimbada em cima da informação nutricional.
Realidade é muito diferente (Que profundo!!!)Quanto a veracidade das informações de cada rótulo e houve muitas falhas. O Itambezinho indicava conter 0,778mg de zinco em cada porção de 100g, mas, na verdade, tinha menos de 0,005mg. E os maiores problemas foram detectados em relação aos teores de ferro e cálcio. Batavinho, Itambezinho e Parmalatinho dizem ter muito mais do que tinham. Os produtos, porém, fazem questão de ressaltar na embalagem que são “fonte de ferro e cálcio”.
Nem sempre há muito cálcioSó que as falhas não foram apenas de informação. A quantidade de minerais também foi um problema, principalmente quando o foco é ferro e cálcio. Em resumo, seis produtos erraram no que dizem ter e, pior, dois ainda comprometem no que deveriam ter. O consumo diário recomendado de ferro é de 14mg. Itambezinho e Paulista, porém, tinham menos de 0,005mg para cada 100g do produto.
O baixo valor fica ainda mais gritante se comparado com os demais. Só um pote de 45g do Vigorzinho, por exemplo, tinha 0,78mg de ferro, o que supre 5,6% das necessidades diárias desse mineral.
Na análise de cálcio, mineral essencial para o crescimento dos ossos, tão importante para uma criança foi verificado que Paulista e Itambezinho decepcionaram . Um potinho deles supre apenas 3% das necessidades diárias de cálcio para uma criança em fase de crescimento. Bem diferente do Vigorzinho (A), que chega a suprir 13% com uma unidade. Para uma criança em fase de crescimento, o teor indicado é 1.300mg por dia.
Danoninho teve mais elogios (Viu? Todo mundo gosta de danoninho!)
Para completar houve degustação. Nenhum petit suisse foi muito criticado, dando a entender que o consumidor realmente gosta do sabor do produto. O Danoninho foi o que mais se destacou (AFB). Alguns provadores comentaram que o produto não era muito doce. E nossa avaliação de composição mostra mesmo que ele era o que tinha menos açúcar, deixando claro que a presença do ingrediente em grande quantidade não é essencial para agradar o paladar.
Bifinho vale maisEm meados da década de 80, uma propaganda marcou a infância de muitos adultos de hoje. Ela dizia que o “Danoninho vale por um bifinho”. A mensagem implícita era que um pote não apenas alimentava com o valor nutritivo de um pequeno bife, mas enchia o estômago e ainda fazia bem à saúde. A propaganda acabou sendo proibida. De fato, o Danoninho jamais poderia valer por um bifinho. O valor nutricional da carne é muito superior, sendo impossível comparar com um produto que não passa de uma sobremesa. A carne possui maior teor de proteínas, vitaminas e minerais. O ferro dela ainda apresenta melhor índice de absorção pelo organismo. Fora que ela não possui conservantes, corantes e açúcares adicionados.