Cheiro de amor

Desagradável também é cultura. Ou cultura também é desagradável. Que seja... Vale a pena ler até o fim. Diversão garantida, ou seu dinheiro de volta.

Spray do Amor - Uma comédia cheirosa

(Highlights em azul; comentários entre parênteses e itálico)

Spray do Amor estréia em março

Espetáculo figura como uma das melhores comédias dos últimos tempos (hã? o quê?alguém ouviu Shakespeare e Molière gritando?)

No dia 02 de março, às 21 h, o Teatro Brigadeiro recebe o espetáculo teatral Spray do Amor- uma comédia cheirosa. Produzida e encenada pela Cia. de Teatro Criando Condições, a peça apresenta amplo e bem-humorado conteúdo, baseado em três teorias psicológicas: genética, Freudiana e Jungiana. (Deus nos livre e guarde)

O espetáculo expõe o raciocínio intenso e psicológico, ao mesmo tempo em que combina às loucuras do ser humano e suas verdadeiras personalidades. (????)Regada com brincadeiras e com versatilidade cômica, Spray do Amor é um espetáculo para quem gosta de humor inteligente.

Através da descoberta de um perfume afrodisíaco que liberta as feras de quem o inala, (UAU) muita confusão é criada e gargalhadas são provocadas (que beleza, uma bela construção gramatical). Hilariamente, a essência do perfume causa uma revolução em cada personagem, resultando numa cheirosa e interessante comédia.

A riqueza de signos e significados é o que marca seu diferencial (Já começo a ficar com medo). Presentes no cenário, personagens, figurino ou enredo os signos são inúmeros e fundamentam essa obra de arte. Os personagens e suas falas na peça foram baseados em polêmicas personalidades reais e sua patologia. O espectador pode conferir no palco desde a autoridade de uma Sharon Stone ao criativo Mozart (Juro que ouvi outro imortal berrando. Por favor, redatores de release, não mexam com quem está quieto). E por que não o casal Fátima e William nos momentos oportunos (Eu pergunto: qual seria o momento oportuno para citar William Bonner e a Fátima Bernardes)? Spray do Amor mostra os bastidores da televisão, além da linguagem cinematográfica, tudo, logicamente, através da encenação teatral (não me diga! Pensei que fosse outra coisa!).

As interpretações do elenco caracterizam-se pela técnica, estudo, amadurecimento e segurança. Entre seus destaques estão os atores (e também ‘cabeças’ do projeto) Gabriel Monteiro (Holly Wood Actors), e Hermano Leitão (Cavalheiros de Shakespeare,) – que além de ator e diretor, é o autor da obra. Os grandes personagens, construídos com artísticos recursos corporais e teóricos e muitos laboratórios, foram preparados para encantar o espectador (de boas intenções o inferno está cheio).

Até 27 de maio, o público poderá conferir esse leve (com Jung, Freud, Mozart e além de tudo Sharon Stone, não tem jeito de ser leve) e cômico espetáculo teatral. Certamente a peça o instigará a libertar sua essência individual. Liberte-se! (ceerrrto, já tô lá)