25 de abr. de 2007

Em busca da higiene perfeita

Nesse mundo cheio de ingratidão, é muito bom saber que ainda tem gente que põe a mão na mer**!

Diretamente da Der Spiegel (hum, que chique!), só as melhores (ou piores) partes. Os grifos são nossos.


Cientista sonha com era livre de papel higiênico

Um físico alemão da Procter & Gamble está trabalhando em um projeto bizarro - a eliminação gradual do papel higiênico como o conhecemos. Mas primeiro ele quer tornar a ida ao banheiro um pouco mais confortável (Frank Thadeusz)

"Siegfried Hustedt costuma ficar tomado de temor quando é forçado a usar o banheiro de outras pessoas. O papel higiênico que ele encontra nestes banheiros costuma ser colorido ou branco, listrado ou pintado. Mas apesar da aparência agradável do papel, é tudo apenas aparência - quando usado, o material barato costuma empolar e se decompor em uma pilha desagradável de celulose como "uma estrutura em relevo ruindo sob pressão" (inheca). Ainda pior é a irritação de pele causada pelo papel mais áspero (esse cientista é muito sensível pro meu gosto). Hustedt, 40 anos, costuma se perguntar por que "tantas pessoas optam por sofrer até o último rolo".

Seria seguro chamar Hustedt de um perito em papel higiênico. (...) Sua mais recente criação é um papel higiênico macio, que limpa bem e promete uso econômico - fatores que superaram a concorrência ao mesmo tempo em que atenderam aos desejos dos consumidores.

(...)
Além disso, os pesquisadores estão usando tipos diferentes de fibras, que garantem tanto a suavidade quanto a resistência de seu papel higiênico (não sei por que, mas isso me lembrou Che Guevara: 'hay que endurecer, pero sin perder la ternura, jamás!'). Quando o principal grupo de avaliação de produtos da Alemanha, o Stiftung Warentest, testou o papel higiênico, que é vendido aqui sob a marca Charmin, no ano passado, ele escreveu que é "uma das melhores coisas que você pode fazer por você mesmo e seu 'derrière'" (HAHAHAHA).

Empolgado pela resposta positiva, Hustedt atualmente se diverte criticando "certas limitações de nossos concorrentes". O especialista em estrutura zomba das concorrentes por "apenas acrescentarem uma camada sobre outra" (ah, sim. O produto dele traz inúmeras vantagens).

(...) Pesquisadores de mercado sondaram os interesses mais ocultos dos consumidores e trouxeram à luz os últimos segredos da higiene anal - incluindo o hábito cultivado clandestinamente dos alemães de acrescentarem camadas adicionais ao dobrarem seu papel higiênico que já é de múltiplas camadas. Em comparação, a maioria dos americanos prefere um método praticamente desconhecido na Alemanha - eles comprimem seu papel relativamente fino em uma bola fácil de manusear (?!?!?! Que nojo!).

Assim, a principal rival da Procter & Gamble na área, a Kimberly-Clark, descobriu que "há muita conversa sobre camadas no mercado alemão" (é verdade; sem ter lido essa matéria, eu diria que os alemães são mesmo um povo que se preocupa com dejetos). (...)

Sob a bandeira de eficiente e amigo do meio ambiente, Hustedt e seus colegas na Procter & Gamble estão atualmente buscando um plano ainda mais revolucionário: a redução total de sua própria criação. Em vez de equipar seu produto com até cinco camadas, sua pasta de celulose secada a ar usa apenas duas -"com melhor capacidade de absorção", enfatizou o físico.O homem encarregado gosta de testar pessoalmente a absorção de tempos em tempos - despejando uma colher de um mel verde escuro nas camadas. (...)

Hustedt já está sonhando audaciosamente sua próxima grande proposta: "Por que não atingirmos nosso atual resultado com apenas uma camada?" (inviável, colegas. Ninguém vai arriscar) Ele alega que uma única camada do papel higiênico que desenvolveu é suficiente para proporcionar uma limpeza satisfatória (tá tentando vender o peixe e garantir o leite das crianças. Essa invenção é uma bos**).

Cheio de entusiasmo, o cientista até mesmo começou a se dedicar à idéia obstinada de tornar o "papel higiênico totalmente supérfluo". A idéia não é totalmente absurda: uma grande parte da população mundial não se incomoda em se virar sem papel higiênico. Os indianos e árabes se viram com a mão esquerda e um pouco de água. Segundo relatos, alguns povos nômades se limpam com areia após o chamado da natureza (azar o deles! Tem coisas que só a civilização faz por você).

(...)
(...) Preocupados com as doenças que afligem a pele sensível em torno do ânus, a Iniciativa para a Higiene Anal, com sede em Viena, recomenda a "limpeza com água corrente, em temperatura moderada" e "secar com uso de secador de cabelo" (AIAIAI, que nojo! De novo!).

Em termos de história cultural, o triunfo do rolo de papel higiênico nunca foi garantido. Inicialmente os americanos não viam utilidade para o uso do produto caro - e por muito tempo preferiam se limpar com papel arrancado de catálogos gratuitos (tem de ser! É um povo que sabe o valor do dinheiro!). (...)

(leia aqui a íntegra

6 comentários:

Anônimo disse...

Cara, existe uma "Iniciativa para a Higiene Anal", com sede em Viena!
Definitivamente, minha vida não é mais a mesma depois de saber disso.

Renata Gama disse...

amei a analogia do título do post a uma música do marcelo D2. toque de gênio, olívia!

Carol Abe disse...

Jesus Maria e José!!!

Olivia disse...

a idéia é essa, Tilda: distribuir em pequenas cápsulas um pouco de cultura musical às massas. Obrigada pelo elogio!

Olivia disse...

Carol, espero que vc não use essa conta do UOL para e-mails pessoais!!!

Renata Gama disse...

papel macio de cu é rola